sexta-feira, 28 de março de 2008

quinta-feira, 27 de março de 2008

Marcas

Ginny abraçou forte a boneca de pano que estava entre seus braços. Ela se sentia estranhamente vazia, quase como se sua alma tivesse sido arrancada de supetão.

Era engraçado como se lembrava de olhos escuros, de uma face pálida, de dedos compridos e fortes. E da voz galante em lábios desejosos. Mas era só isso.

Ela se lembrava de ter segurado seu diário, se lembrava de ter escrito nele. E depois, tudo era escuridão. Não sabia direito como voltara para sua cama, nem como estava vestida com seu pijama. Sentia um forte cheiro masculino.

E achou que cada parte do seu corpo ardia em marcas que ela não podia ver. E ela tinha medo, mas sabia que não estava sozinha. Ele estaria sempre com ela. E isso a assustava.

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Ainda da minha fase horcrux pedófilo.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Mérito

Suas mãos escorregavam perigosamente pelas curvas do corpo claro e bem desenhado. Era engraçado ver os pelos dela todos arrepiados com aquele ínfimo toque, com aquela pequena parcela do que ele faria ao seu corpo.
Fleur perderia a sanidade, pediria por mais, gemeria, abandonaria a compostura. Era daquela forma que ele a queria: humana.
Tirou-a do pedestal com mais alguns beijos, com alguns afagos em lugares precisos. E ela suspirava; seus olhos tão claros brilhavam por trás das pálpebras semi cerradas.
Era o desejo, aquele abalador de morais e costumes. E era ele quem a estava fazendo chegar ao seu ápice. Era apenas dele este privilégio; era apenas com ele que ela deixava a máscara de perfeição cair estilhaçada.
Jogada ao chão junto com as roupas. Dele. Dela.
Era naqueles momentos que Bill tinha certeza que escolhera a mulher certa para chamar de sua.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Flor-de-Lis¹

Eram os olhos, a pele, a boca. O cabelo esvoaçante atrás do véu. Era o sorriso, era o desejo, era a realização do sonho.
O sol batendo nas madeixas avermelhadas, o coração disparando no peito; o buquê reluzindo entre os dedos finos e delicados.
E ele era apenas o expectador. Ele não podia se aproximar, não podia tocá-la. Ela não era sua. Amiga. Namorada. Noiva. Amante. Nada disso ela podia ser em sua vida.
Talvez um amor esquecido, alguém que ficou apenas como uma lembrança. E que agora estava no altar com outro homem. Mas ele não podia culpá-la.
Ele viu, de longe, ela encostar nas mãos de Potter, e sorriu melancolicamente. Se afastou com a certeza de que ali não havia lugar para sua tristeza.

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¹: também conhecida como lírio de Saint James.

Nota: Fiquei em dúvida quando terminei de escrever esta fic. É claro que só dá pra perceber de quem se trata depois que ler a notinha sobre o título. Mas antes de decidir se era de Severus esta drabble, eu consegui visualizar o Draco Malfoy, olhando de longe o Harry e a Ginny se casando. Culpa da Noah, novamente, que me apresentou esta fic e mudou algumas de minhas visões sobre D/G...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Singular

Hoje saiu a primaira drabble da série Singular. Está lá no F.F.Net. Chama-se Estrelas mortas, e fala sobre o Regulus.
Quem quiser dar uma olhadinha, clica aqui.

terça-feira, 11 de março de 2008

Farsa

Eram os olhos aquilo que Regulus mais gostava. Aquele azul sujo, poluído. O formato que parecia perfeitamente enigmático. Ele poderia passar os dedos, escorregar as mãos pela face tão parecida com a sua. Seus lábios poderiam se acariciar, seus dedos poderiam se unir num apelo silencioso. Seus corações poderiam bater numa mesma freqüência.
Mas ele jamais poderia tocar os desejos de Sirius, ou seus propósitos.
E Regulus entendeu neste dia, que tudo não passava de uma farsa sem fim.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sutileza

É estranho olhar o seu nome num agradecimento. É estranho sentir que a lágrima que quase escorre dos seus olhos não é apenas por causa da sensação que a fic causou.
Chega a ser cômico a forma como uma pessoa pode mudar só para poder fazer uma dedicação. É inexplicável o que eu senti quando li esta fic logo de manhã cedo.
Uma forma sutil de agradecer alguma coisa que já estava agradecida há muito tempo.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Complô

É uma droga como o Blogger adora me sabotar.
=/
Só que desta vez, eu não salvei a drabble antes de tentar postar. Ou seja: uma mini-fic perdida.
Paciência...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Traditione¹

Os lábios dele desceram perigosamente até a curva do seu pescoço. Sentiu um arrepio, mas não impediu que ele continuasse.
Era errado, ela sabia. Tão nojento e hipócrita, que ela pensou em simplesmente sair correndo. Mas não podia. Porque ela desejava Teddy; ela sabia que esperara por esse momento desde que descobrira o quanto era bom ser tocada.
Mas ela não podia deixar de pensar na irmã. Nos seus olhos, nos seus cabelos, na sua voz. E ela não conseguiu deixar de se culpar.
E cada vez Teddy descia mais pelas curvas de seu corpo.
- Tem certeza? - ele pediu.
Dominique não tinha, mas deixou que Teddy continuasse. Agora isso não fazia a menor diferença.

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¹: latim: traição, entrega.


Esta é especialmente para a Noah Black, que foi a primeira pessoa que imaginou esses dois juntos.
Baby, pra mim eles dois são seus!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Erros

O silêncio tomou conta do seu quarto. O frio penetrava-lhe a espinha.
Ela olhou, ela desejou e ela se culpou.
O que ela podia fazer, afinal? O mundo não era justo e as suas escolhas se baseavam nesta injustiça. Estava errada, então?
Ela poderia ter tentado ficar com Harry. Poderia ter escolhido um lugar no mundo bruxo pra viver, alguém com sangue mágico.
Mas ela sabia que, por mais que pudesse voltar no tempo, teria feito exatamente as mesmas coisas. Não se erra apenas uma vez na vida. Isso Cho aprendeu dolorosamente.